O que tenho observado e escutado
atentamente durante as sessões de psicoterapia é que, na maioria dos casos, as
queixas e sintomas são de vivências anteriores à pandemia e que ela de fato as acentuou.
Alguns sentimentos que antes se dispersavam com o movimento e a variação das
atividades, ficando também muitas vezes “debaixo do tapete”, tomaram novo lugar
e se moveram para debaixo de uma potente lente de aumento.
Isto, aliada à percepção da dificuldade
coletiva em lidar com o novo cenário e novas demandas, o sofrimento humano
tornou um assunto menos estigmatizado e mais natural. São indicativos do avanço
no reconhecimento das fragilidades, limitações, encarando a humanidade e as emoções,
descobrindo novas ferramentas para lidar com as adversidades, e que, quando
preciso for, pedir ajuda profissional também é natural.
Ao perceber que alguns sintomas
não vão embora, que trazem prejuízos no cotidiano e nas relações, que algumas emoções
estão exacerbadas, que os comportamentos estão desajustados ou que provocam incompreensão
ou sofrimento, procure um profissional da saúde mental.
Não postergue, pois quanto antes for compreendido e tratado, menor o sofrimento e mais breve a recuperação da qualidade de vida.
* Compartilhe esta informação, você pode ajudar muitos amigos e familiares.